
Se eu deixasse apenas o título e o texto em branco, com certeza que iria ser fácil perceber o que vai dentro de mim.
Não gosto quando dói, e corrói cada pedaço meu.
Não gosto quando dói, e desfaz o pouco que ainda vive em mim.
Não gosto quando dói, e destrói cada peça do meu puzzle interior.
Não gosto quando dói, e me deixa angustiada, perdida, triste, chorona, sem vontade de ter vontade, preocupada, de coração nas mãos.
Não gosto quando dói a espera.
Não gosto quando dói. Já tinha dito?
E pensar que os “ses” destruíram a hipótese que, possivelmente, tivemos para tentar, arriscar, viver algo que nem nós próprios, muitas vezes, sabemos o que é e não conseguimos caracterizar.
As palavras não saem com a mesma fluidez que era suposto. Porque há um nó na garganta, no meu ser, que me impede, há muito, de dizer aquilo que sinto e que impede os outros de aproximar.
Não sei falar de amor. Sei apenas dizer que ele existe e que há amores tão bons de se viver, e outros que nos deixam desacreditados.
Hoje, eu vivo a mudança. A descoberta do ser “eu”, que há muito deixei escapar. Ainda assim, a minha essência está cá. O meu coração também e ele bate, tanto.
Estou como sou no Desafio-te e obrigada a cada um de vocês por me ver, cheia de defeitos, imperfeições, dúvidas, incertezas, como qualquer ser humano, mas ainda assim… Eu. Consigo saborear melhor cada dia graças também à vossa presença, às vossas palavras, ao vosso “eu”, que tanto admiro e me orgulho conhecer.
Odeio quando dói, e espero que cada vez doa menos.