
Ninguém sabe o que sinto.
Quando olhas para mim, o que vês? Uma pessoa sorridente ou carrancuda? Uma pessoa alegre ou desanimada? Uma pessoa feliz ou infeliz? O que vês? Diz-me.
O que realmente sou? Isso ninguém sabe.
Houve uma época em que aquilo que mostrava era aquilo que sentia.
E agora? Agora o mundo ensinou-me que não posso demonstrar aquilo que sou e sinto.
Aquilo que sinto não é aceitável. Não tem razão de ser. Aquilo que sinto não faz sentido. É incompreensível. Aquilo que penso não passa de uma tamanha parvoíce.
Tenho tudo e, ao mesmo tempo, não tenho nada.
Os meus pensamentos gritam. Gritam de frustração. Gritam de revolta. São gritos silenciosos. Ninguém os ouve além de mim.
Será que devia expor os meus pensamentos? Talvez sim. Talvez não. Mas será que vale a pena?